Trabalho 1: Frente de lotes
A boa articulação entre construções particulares e espaços públicos de uma cidade é elemento fundamental para promover espaços urbanos de qualidade. Atualmente, essa relação tem ocorrido de forma conflituosa e a qualidade dos espaços públicos tem sido sistematicamente negligenciada. O plano de interface entre lote e cidade revela hoje uma situação de ruptura e descontinuidade entre espaço público e privado, evidenciando a intenção de resguardar este último pela adoção de soluções que muitas vezes põe a perder a qualidade urbana. A legislação pode proporcionar instrumentos que fomentem um processo virtuoso de melhora recíproca na qualidade dos espaços públicos e privados, induzindo modelos de ocupação que promovam espaços urbanos mais agradáveis, seguros e adequados às necessidades atuais da cidade. Além disso, a diretriz reforçada pelo Plano Diretor em processo de aprovação de um melhor aproveitamento das infra-estruturas urbanas aponta para uma cidade de ocupação mais densa que deve ter espaços públicos capazes de comportar um uso intenso.
/acesse aqui a proposta completa/
Trabalho 2: Lotes em territórios com elevadas declividades
A cidade de São Paulo possui um território com uma topografia irregular, que apresenta em diversos casos acentuada declividade. A legislação deve ser aprimorada, definindo parâmetros claros para as restrições construtivas em função da topografia e da melhor configuração da paisagem urbana.
Atualmente, a definição arbitrária de alguns parâmetros construtivos tem permitido que empreendimentos imobiliários ocasionem alterações violentas na paisagem urbana, que desconsideram a topografia existente e não promovem uma relação benéfica entre edificação e espaço público, como por exemplo os volumes aflorados de garagens, em especial em lotes com mais de uma frente. Tais elementos acabaram por gerar uma paisagem urbana descontínua, heterogênea, sem unidade e distante da escala do pedestre.
Grande parte dos empreendimentos, no intuito de conseguir o melhor retorno financeiro, prejudicam as qualidades espaciais, produzindo aberrações urbanas como grandes muros de arrimo, garagens afloradas e gabaritos que extrapolam as delimitações do zoneamento.
/acesse aqui a proposta completa/