A arquitetura costuma ser associada à aparência dos edifícios, sendo muito comum relacionar as características estéticas de uma obra a um “estilo”. No entanto, um projeto de arquitetura leva em consideração muitos outros aspectos, como por exemplo a funcionalidade, as técnicas de construção, o uso eficiente de recursos, etc que fazem do estilo apenas uma das características a serem levadas em consideração. Uma questão fundamental é a relação dos edifícios com o espaço da cidade. O centro histórico possui qualidades urbanas que se perderam em boa parte do restante da cidade, mas que hoje voltam a ser valorizadas. Dessa forma, além de observar os edifícios, ao longo do percurso vamos olhar também algumas destas características: a relação dos edifícios com as ruas mais direta e sem presença de muros e grades, os diversos espaços públicos (calçadas amplas, praças, ruas para pedestres, largos), a arborização, jardins e paisagismos, os monumentos como obras de artes, chafarizes e fontes, a iluminação, a escala dos edifícios perceptível e convidativa ao pedestre, as passagens nos viadutos e pontes em nível…reparem! Recentemente tem crescido a reivindicação entre arquitetos urbanistas e membros da sociedade por espaços públicos mais agradáveis, que melhorem a qualidade de vida e o ambiente urbano. Alguns exemplos são a reivindicação por parques (como Parque Augusta, Parque da Fonte, Chácara do Jóquei, Parque dos Búfalos), a luta por preservação de nascentes e rios urbanos, a conscientização da necessidade de calçadas confortáveis e acessíveis, além do próprio movimento do uso da bicicleta como uma forma mais saudável e não poluente de transporte e lazer.